Em publicação no Twitter, o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, reagiu duramente à crítica do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ir ao velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos. Arthur morreu, na manhã desta sexta-feira (1º), vítima de uma meningite meningocócica. Humberto chamou o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de “sociopata desqualificado à espera de tratamento”.
@BolsonaroSP é um sociopata desqualificado à espera de tratamento. Não há novidade nisso. Mas, para tudo, há limites. E essa raça de víboras que não respeita o sofrimento humano vai responder por essa agressão inominável. https://t.co/pISM8A9URi
— Humberto Costa (@senadorhumberto) March 1, 2019
Em uma resposta a um usuário do Twitter que fez uma enquete sobre a liberação do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro disse que a saída temporária de Lula só deixaria o petista “posando de coitado”. “Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado”, publicou o deputado.
Saída temporária de Lula
O governo do Paraná confirmou a operação que será montada para levar o ex-presidente para o velório do neto. Uma aeronave da gestão do governador Ratinho Júnior (PSD) será utilizada a pedido da Polícia Federal. A autorização para a saída temporária da prisão em Curitiba foi concedida com base na Lei de Execução Penal, que concede a liberação de presos temporariamente para velórios e enterros de familiares, incluindo descendentes.
Em janeiro passado, no entanto, a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente, negou o pedido dele para ir ao sepultamento do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá. A defesa de Lula teve de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito, mas a decisão só saiu momentos antes do sepultamento do corpo de Genival e o ex-presidente não deixou a superintendência da PF. O ministro Dias Toffoli permitiu apenas que Lula se encontrasse com familiares em uma unidade militar.
Estadão