Ao comentar o anúncio de Jean Wyllys (PSOL-RJ) de que não assumirá o terceiro mandato e deixará o País, a deputada federal eleita Marília Arraes (PT-PE) ligou a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL) às milícias. “Temos um presidente envolvido com o estado paralelo do Rio de Janeiro, o que torna todos nós reféns dessa insegurança”, afirmou a petista em entrevista à Rádio Jornal.
Jean Wyllys alegou que estava sofrendo ameaças e temendo pela própria vida ao anunciar que sairia do Brasil.
“Você vai exigir que um parlamentar, porque foi eleito, corra risco e tenha sua vida tolhida?”, questionou. “E o Estado não faz nada”, disse ela.
O deputado eleito Marco Aurélio, aliado de Bolsonaro na Alepe, rebateu a petista e fez a defesa do governo Federal, antes mesmo de assumir a liderança da oposição da Alepe, como especulado.
“O que nos tornou todos reféns foi o governo corrupto do PT que subtraiu o Estado Brasileiro durante 12 anos. Evidente que excluo a minha colega vereadora Marilia Arraes de tal afirmação uma vez que a mesma não estava no PT neste período”, disse Marco Aurélio Medeiros, deputado estadual eleito pelo PRTB.
“Querer transformar o caso Jean Willys do qual me solidarizo em uma ligação das milícias a Bolsonaro além de exagero é querer não encerrar os debates e palanques da eleição de 2018. Milícia está ligada à crime organizado e nisto Lula, Palocci, Dilma e companhia são expert e o povo brasileiro já deu a resposta nas urnas”, afirmou o parlamentar.
Na semana passada, a Operação Intocáveis prendeu suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Entre eles, o major da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronald Paulo Alves Pereira, foi homenageado pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em 2004, quando este era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Na época, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por “importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004”, um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.
O deputado federal reeleito Daniel Coelho (PPS-PE) criticou a reação ao anúncio de Jean Wyllys.
“Em ameaça estamos todos nós. Não dá para criar um ambiente como se ele fosse o oprimido. O povo brasileiro está correndo um risco pela criminalidade descontrolada. O Extremismo que é muito grande e aí sim muito ruim para a democracia. Ninguém é obrigado a estar aqui, mas não dá para ficar reproduzindo como se ele fosse um exilado”.
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