A Suprema Corte da Pensilvânia divulgou nesta terça-feira (14) um relatório em que acusa mais de 300 “padres predadores” de abuso sexual contra mais de mil menores, em crimes encobertos durante décadas pela Igreja Católica, segundo o procurador-geral do estado, Josh Shapiro.
O documento detalha 70 anos de conduta indevida de bispos, padres e outros integrantes da igreja, e os investigadores afirmam que pode haver mais vítimas.
A investigação durou 18 meses e foi conduzida por Shapiro em seis das oito dioceses do estado -Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton, Erie e Greensburg. Segundo o procurador, o relatório detalha “um acobertamento sistemático por autoridades sêniores da igreja na Pensilvânia e no Vaticano“.
Antes desse, houve mais dez relatórios elaborados a partir de investigações nos Estados Unidos, de acordo com o grupo Bishop Accountability, de defesa de direitos das vítimas. Mas esses documentos examinavam apenas uma diocese ou um condado.
Ao jornal The New York Times o reverendo James Faluszczak, de Erin, afirmou que levou os casos de que tinha conhecimento a dois bispos ao longo de cinco anos, mas foi ignorado e teve as acusações minimizadas. “É essa mesma forma de gerenciar segredos que acobertou os predadores”, disse ao jornal.
FOLHAPE