Geralmente quando um bebê chega ao mundo, ele é imediatamente colocado em contato com a mãe, que espera este momento por meses. Mas Deuselita Araújo, mãe da Rebecca Araújo, esperou 15 dias para viver essa emoção. Sua filha nasceu com sete meses e por isso precisa de cuidados especiais.
Foi através de um ensaio fotográfico no Hospital Dom Malan (HDM) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, que a nova mãe pôde viver a experiência de ter a filha nos braços pela primeira vez. “A sensação foi extraordinária, incrível! Eu cheguei até a me emocionar ao sentir minha filha tão pertinho de mim”, descreve.
A ideia do ensaio partiu da Coordenadora da Fármacia do HDM e fotógrafa, Denise Brecci. “Eu sempre tive vontade de fotografar no hospital, pois sou apaixonada por bebês. Participo de um grupo de fotógrafos do Vale e um dia coloquei no grupo sobre a minha vontade de fazer esse trabalho voluntário e perguntei se mais alguém toparia esse desafio comigo”, explica.
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Deuselita Araújo no primeiro contato com a filha Rebecca. (Foto: Denise Brecci)
Duas colegas toparam, a fotógrafa de Newborn Jessica Carla Fernandes e Tatiane Jatobá. “Foi muito especial, não dá para explicar! Como mãe, a gente tenta imaginar como fica o coraçãozinho de cada mãe ao ver seu bem mais precioso tão prematuro, lutando pra viver, para ir pra casa”, declara Jessica.
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Os bebês estão intrenados no HDM em Petrolina. (Foto: Jessica Carla Fernandes)
O trabalho das três fotógrafas durou três horas e reuniu cerca de 15 mães. Algumas delas são de outras cidades e acabam permanecendo no hospital enquanto os filhos estão internados. É o caso de Eliane Carvalho, que mora em Exu-PE e está há um mês acompanhando o filho Jurandir Filho, que nasceu com cerca de oito meses. Para ela, o ensaio permitiu a vivência de bons momentos em meio às dificuldades. “Foi muito emocionante para nós mães que estamos aqui há um tempo já e sentindo tristeza, cansaço. Foi uma forma de levantar nosso astral”, diz.
De acordo com a fisioterapeuta Juliana Benevides, que acompanhou o ensaio, outros profissionais também se envolveram na supervisão do trabalho como enfermeira, assistente social e psicóloga.
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Eliane Carvalho com o Filho Jurandir Filho. (Foto: Denise Brecci)
Para as fotógrafas foi um desafio, já que os bebês exigem mais cuidados. “A diferença é que por se tratar de prematuros o cuidado é ainda maior e muitos deles, além da sonda, estavam com acesso central ou periférico. O que torna mais delicado ainda o cuidado com eles”, ressalta Denise.
O resultado do ensaio ainda será entregue para as mães, mas as fotógrafas já comemoram a experiência. “O que eu queria é que essas mães tivessem um momento de alegria, de saber que admiro muito a força delas e desses bebês, admiro a dedicação e cuidado delas com seus filhos. Admiro a fé que elas têm. Eu aprendi [no ensaio] que uma coisa que pode ser pouco para mim, porque não me custou nada fazer essas fotos, fez uma diferença tão grande na vida dessas mães. O que esse momento me proporcionou foi muito maior do que pude fazer por essas mães”, afirma Denise.
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