A definição do PT sobre candidatura própria em Pernambuco ficou para o dia 10 de junho. Se falta algum tempo para os petistas se posicionarem em definitivo, sobram sinalizações de que o partido e o PSB avançam no sentido de uma aliança.
Ontem, foi o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, quem telefonou para o governador Paulo Câmara. Haddad deve desembarcar em Pernambuco até o final da próxima semana. Chegará ao Estado na esteira da visita do ex-governador Jaques Wagner, que, como a coluna publicou com exclusividade ontem, jantou no Palácio das Princesas na última quinta-feira.
Jaques Wagner veio ao Estado especificamente para esse encontro com Câmara. Ontem, quando deu-se a reunião dos governadores do Nordeste, o ex-governador da Bahia já havia deixado o Recife. Segundo o governador Rui Costa (BA), Jaques Wagner “trouxe os informes da visita dele ao presidente Lula”.
Rui sublinhou que o ex-governador da Bahia esteve na semana passada com o ex-presidente e que, durante o jantar oferecido por Paulo Câmara, Wagner “ajudou na reflexão do quadro conjuntural”. Segundo fontes petistas observam, nas coxias, o aval já foi dado por Lula para que o PT e o PSB caminhem juntos em Pernambuco, o que deve acarretar uma composição em Minas Gerais, cujo governador, Fernando Pimentel, esteve também no jantar com Jaques Wagner.
Na última quinta-feira, Haddad também esteve com Lula e a situação específica de Pernambuco foi à pauta. Não à toa, o ex-prefeito de São Paulo saiu da visita ao líder-mor do PT enaltecendo as “boas ideias” de Paulo Câmara. Na esteira, telefonou, ontem, para o governador de Pernambuco.
A data da visita ao Recife ainda está para ser fechada em função das agendas de ambos. Segundo petistas, “não foi de graça” que Haddad deixou o encontro com Lula falando no nome de Câmara. Os integrantes do PT criam o cenário, o governador de Pernambuco já fez os gestos e o PT, agora, conta com prazo. Mas, segundo os envolvidos, não falta nada, só anunciar a aliança.
Com prazo, sem pressa
A decisão do PSB sobre candidatura presidencial não deve sair antes de junho, segundo socialistas. Em outras palavras, caso o partido vá optar por apoiar Ciro Gomes, isso não deve interferir nas decisões regionais. Em Pernambuco, o PT cravou 10 de junho para decisão.
FOLHAPE